segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SIMPLESMENTE UM POEMA



ESTA NOITE
Sérgio Macedo

Esta noite,
Estarei, de fato, no desterro.
A bela música, que serviu de amparo,
Esvaiu-se com o tempo,
Perdeu seu significado mais nobre.

Esta noite,
a música bela deu lugar ao silêncio
Aos olhares perdidos entre si,
Sem nenhuma significação.

Esta noite,
O silêncio deu lugar à incontrolável nostalgia
A volta ao lugar de lugar nenhum
A volta ao tempo de tempo nenhum.

Esta noite,
A incontrolável nostalgia vai dar espaço
Ao mais absurdo tempo de não existir
À mais louca e longa espera
Por um nascer de sol que não virá

Esta noite que ora finda
Que não finda,
Vai espreitar uma caminhada serena
Ou apática? Ou perdida?
Ou sem rumo? Sem retas e sem curvas?
O que me diz essa espera,
e esse caminho, o que me fala?

Esta noite,
É a noite das brumas e dos espantos,
E dos pássaros dormindo

Nos braços do espantalho.

PALÍNDROMOS


Os palíndromos são palavras ou frases que podem ser lidas da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, sem alterar o sentido. Exercitá-los é mais uma forma de interagir com a palavra.

Um dos palíndromos mais antigos está em latim: "SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS" (O lavrador diligente conhece a rota do arado"). Este é considerado um palíndromo perfeito.

O maior palíndromo que se conhece é a palavra finlandesa SAIPPUAKIVIKAUPPIAS, de 19 caracteres, que significa "vendedor de soda cáustica". Já a palavra palindrômica mais extensa do nosso idioma é o superlativo de omisso, OMISSÍSSIMO. 

Seguem-se frases palindrômicas:
•             A CARA DA JARARACA.
•             A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA.
•             A DROGA DA GORDA.
•             A MALA NADA NA LAMA.
•             A SACADA DA CASA.
•             A TORRE DA DERROTA.
•             ALI, LADO DA LILA.
•             ANOTARAM A DATA DA MARATONA.
•             ASSIM A AIA IA A MISSA.
•             ATACA O NAMORO.
•             LIVRE DO PODER VIL.
•             LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL.
•             ME VÊ SE A PANELA DA MOÇA É DE AÇO MADALENA PAES, E VEM.
•             MORRAM APÓS A SOPA MARROM.
•             O CASO DA DROGA DA GORDA DO SACO.
•             O CÉU SUECO.
•             O GALO AMA O LAGO.
•             O GALO DO LAGO.
•             O LOBO AMA O BOLO.
•             O ROMANO ACATA AMORES A DAMAS AMADAS E ROMA ATACA O NAMORO.
•             O VÔO DO OVO.
•             OH, NÓ DE MARA MEDONHO!
•             OH, NOSSAS LUVAS AVULSAS, SONHO.
•             OVOS NELE, HELEN SOVO!
•             RIR, O BREVE VERBO RIR.
•             ROMA É AMOR.
•             ROMA ME TEM AMOR.
•             SÁ DA TAPAS E SAPATADAS.
•             SAIRAM O TIO E OITO MARIAS.
•             SECO DE RAIVA COLOCO NO COLO CAVIAR E DOCES.
•             SOCORRAM-ME, SUBI NO ÔNIBUS EM MARROCOS.
•             SUBI NO ÔNIBUS.
•             ZE DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ.


COLABORAÇÃO DE ÍTALO GURGEL