(para Maria Luísa Bomfim)
Mar bravo. Ondas batendo revoltosas
em loucas e
alternantes vindas e idas,
ora a gemer, ora a
chorar, feridas,
sob o látego das
águas furiosas.
O sol lança seus
raios... surgem rosas,
cristais de luz
sobre águas indormidas,
as quais se vão, das
águas refletidas,
alçar-se aos céus em
pétalas olosas.
Ante a grandeza augusta
da paisagem,
cala-me a pequenez –
ai... nada sou
além de triste e
efêmera miragem!
Mas, ao pulsar-me o
peito, diz-me o ar:
– Dentro de ti se move tanto amor
que no teu peito, também, bate um mar!