PARA QUÊ?
Vicente Alencar
Se
estamos poetando,
para
que essa preocupação
com
a rima,
com
a métrica,
com
a estrofe?
Para
que essa preocupação?
Tudo
que se escreve
deve
ter sabor,
deve
ter perfil,
deve
ter alma,
deve
ter amor.
Às
vezes,
não
necessariamente.
Mas,
se fale tudo que se quer,
se
diga tudo
aquilo
que deseja,
mas,
fale com o coração,
diga
com ele,
ou
para ele.
Para
a mulher amada
para
a mulher querida
para
a mulher lembrada.
A
desejada,
a
que está longe,
quase
perto,
somente
interessa
o
recado do coração.
Deixe
a rima de lado
se
você não quer usá-la.
Mas
fale com todo o amor
e
todo o pecado,
pelos
caminhos do coração!
Para
que mais?