Há flores pelas estradas do amor.
E há névoas
e há folhas dispersas pelo ar intangível.
Há a mão dourada do sol
espantando medos
e acorrentando emoções.
E há a mão gélida da noite
pelos longes do infinito
com seus dedos espantados de amante
fotografando ilusões esquivas.
Há gritos e silêncios
mudos e gritantes
cortando a vermelhidão do prazer.
E há o hálito quente de Eros
derramando-se por entre gestos e ânsias,
mistérios e palavras,
ondulando,
enlouquecendo,
atraindo.
(Cantos Circunstanciais)