E há algazarra de corais e pérolas
no fundo dos mares.
E há sons de cirandas
de remotos afogados.
E há queixas e rezas de peixes expatriados,
que vêm morrer, boca aberta,
olho ferido de anzóis,
na areia tonta de emoções.
E penso nas âncoras inúteis
que nada prenderam
e se perderam em sua própria
metamorfose.
E penso mais no desalento dos búzios
querendo reter as vozes
das sereias que se desencantaram.
Ah, pobres sereias,
estrelas marinhas,
lentamente,
conduzidas ao pó,
desprendidas do céu,
desprendidas do mar....
Sou como vós,
corais e pérolas
e peixes e areias
e âncoras e búzios!
Sou como vós, sereias sem mares,
e meu destino invário
é carregar neste meu dorso amargo
essas vozes macias de saudade
da vossa ciranda de emoções!
no fundo dos mares.
E há sons de cirandas
de remotos afogados.
E há queixas e rezas de peixes expatriados,
que vêm morrer, boca aberta,
olho ferido de anzóis,
na areia tonta de emoções.
E penso nas âncoras inúteis
que nada prenderam
e se perderam em sua própria
metamorfose.
E penso mais no desalento dos búzios
querendo reter as vozes
das sereias que se desencantaram.
Ah, pobres sereias,
estrelas marinhas,
lentamente,
conduzidas ao pó,
desprendidas do céu,
desprendidas do mar....
Sou como vós,
corais e pérolas
e peixes e areias
e âncoras e búzios!
Sou como vós, sereias sem mares,
e meu destino invário
é carregar neste meu dorso amargo
essas vozes macias de saudade
da vossa ciranda de emoções!