O pêndulo do relógio ainda ecoa jaculatórias
no silêncio do quarto que envolve tuas preces.
A presença do divino se esconde na inutilidade das horas.
Busca o infinito teu olhar distante e imóvel
Na pregação de tua fala indecifrável.
Ecoam lições de infância o semblante de paz
e o apelo camuflado de teus gestos.
Revelam ternura e alegria
teus sorrisos raros e discretos.
À luz da fé, teu espírito vela
Na expectativa confiante da imortalidade.
Myrson
11.5.2014