BREVE CONTO DE AMOR SEM PRINCIPIO NEM
FIM!
... que
importa se não me queres,
nem me
importa que me mintas;
que fazer a
este coração que te ama,
não posso
mais contrariá-lo,
nem esquecer
tudo o que a cada dia está mais vivo em mim,
que me importa,
se não mais te terei,
que posso eu
fazer se os meus olhos te vêm até quando durmo.
Já está
chegando o Natal outra vez, mais um ano termina,
e esta
batalha de esquecer-te já é uma batalha perdida,
então...
fica para
sempre no meu peito,
viverei com
este sentimento em silêncio,
levo-o para
onde for,
e que me
mate a morte mais sublime,
a morte de
morrer pensando em ti,
são tantas
vidas vividas,
tantas vidas,
e em nenhuma foste meu,
já não és o
meu desespero,
és a minha
tranquilidade
já não és o
meu desejo,
és a minha
feliz coincidência
já não és tu
e eu,
é a minha
alma e a tua,
sim...
ninguém (nem
tu) pode impedir-me de querer-te até ao fundo da minha alma,
nem a vida,
que parece não me querer,
nem o mundo
cheio de preconceito,
ninguém... ninguém... és
meu todas as noites no silêncio da noite escura,
és meu,
quando caminho,
ou onde quer que eu vá,
aqui no meu
peito,
a tua mão
sempre me guiará,
até ao
final,
e que o
final seja próximo.
Isto não é
uma declaração de amor,
já não
necessito declará-lo,
já o sabe
Deus,
já o sabe a
Virgem,
até o
universo... e também o sabes tu,
é uma
confirmação do meu amor,
e do meu
sorriso,
se te vejo
sorrir,
é a
felicidade de saber-te assim... feliz,
e a suprema
satisfação de ter conhecido o amor,
contigo!
Adelina
Garrido Charneca
(poeta portuguesa)