segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SIMPLESMENTE UM POEMA



ESTA NOITE
Sérgio Macedo

Esta noite,
Estarei, de fato, no desterro.
A bela música, que serviu de amparo,
Esvaiu-se com o tempo,
Perdeu seu significado mais nobre.

Esta noite,
a música bela deu lugar ao silêncio
Aos olhares perdidos entre si,
Sem nenhuma significação.

Esta noite,
O silêncio deu lugar à incontrolável nostalgia
A volta ao lugar de lugar nenhum
A volta ao tempo de tempo nenhum.

Esta noite,
A incontrolável nostalgia vai dar espaço
Ao mais absurdo tempo de não existir
À mais louca e longa espera
Por um nascer de sol que não virá

Esta noite que ora finda
Que não finda,
Vai espreitar uma caminhada serena
Ou apática? Ou perdida?
Ou sem rumo? Sem retas e sem curvas?
O que me diz essa espera,
e esse caminho, o que me fala?

Esta noite,
É a noite das brumas e dos espantos,
E dos pássaros dormindo

Nos braços do espantalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário