OCEANO
O simples olhar e ver o mar
Nos torna não pertencentes.
Nos exclui de sua beleza, de sua energia
Mas tem o poder de nos poupar de terríveis maremotos e
tempestades
Não vale a pena estar fora das paixões
Viver o terno correr frio dos regatos;
Vale a luta do barco ferido
Das velas tortas e rotas
Vale manter o rumo dentro da procela
Vale interpretar e enfrentar os petardos que a natureza
impôs
Alcançar os portos objetos
De nossa angústia.
Vale a pena amarrar porcos e caixas
No convés sofrido do barco
Adernar às vezes, morrer noites a fio
Ou estaremos apenas olhando,
Sem ver o oceano que somos.
Belo poema para uma quarta-feira de Cinzas!
ResponderExcluirAraceli Sobreira
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É verdade, Araceli. Um belíssimo poema.
ExcluirSempre visito seu excelente blog.
Obrigada pelo comentário!