Logo ao nascer, para esse mundo adverso,
Levei palmadas p'ra abrir os pulmões:
O Choro foi o meu primeiro verso,
Em dor e lágrimas, aos borbotões...
Minhas primeiras lágrimas, copiosas,
Inundaram o meu rosto edemaciado
Como se fossem perfumadas rosas
Em seu orvalho brilhante e irisado...
Hoje, com o passar do tempo auroral,
Secou a fonte de água, lacrimal,
Que jorrava dos meus piedosos olhos...
O mundo pérfido, com seus horrores,
Roubou-me as lágrimas, e infundiu-me dores,
Ao coração, que sangra em seus abrolhos.
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