É teu sorriso, querido,
ao se abrir com harmonia,
um sol maior sustenido,
na pauta azul da poesia.
Mentiras... Dize-as, não calas,
pois gosto delas. Deveras,
verdades de amor propalas
nessas mentiras sinceras.
O trovador vai, risonho,
a empinar, com arte nova,
pelos céus azuis do sonho,
as leves pipas da Trova.
Amei-te, amor, tanto e tanto...
Amei-te mais do que pude!
Tanto, tanto, que, hoje, o pranto
é a minha maior virtude...
] Da pátria do amor distante,
sem o brasão dos teus braços,
sou bandeira tremulante
no vazio dos espaços.
Meu amor, quando sorris
e quando me beijam, sábios,
teus lábios são colibris,
sugando o mel dos meus lábios.
Ser mulher é, com certeza,
trazer consigo os poderes
de, na aparente fraqueza,
ser o mais forte dos seres!
Talvez esses ais tristonhos
das ondas, sempre a chorar,
sejam lamentos de sonhos,
presos nas conchas do mar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário