sexta-feira, 22 de janeiro de 2010



A LINGUAGEM DAS MÃOS




Não basta apenas celebrar o amor


em sua magnitude etérea e abstrata.


É preciso também celebrar o encontro.


O encontro que faz o amor concreto e azul.


O encontro - junção do ter e do vir-a-ser,


na efusiva transmutação dos apelos.




Por isso, amado, celebremos juntos,


na comunhão dos nossos gestos e ânsias,


a doçura silenciosa, o grito morno


do encontro de nossas mãos...


Uma na outra - ebulição e calmaria,


silêncio longo e alvoroço breve,


no instante supremo em que trocamos juras


pela linguagem de nossas mãos unidas.




Giselda Medeiros

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