A LINGUAGEM DAS MÃOS
Não basta apenas celebrar o amor
em sua magnitude etérea e abstrata.
É preciso também celebrar o encontro.
O encontro que faz o amor concreto e azul.
O encontro - junção do ter e do vir-a-ser,
na efusiva transmutação dos apelos.
Por isso, amado, celebremos juntos,
na comunhão dos nossos gestos e ânsias,
a doçura silenciosa, o grito morno
do encontro de nossas mãos...
Uma na outra - ebulição e calmaria,
silêncio longo e alvoroço breve,
no instante supremo em que trocamos juras
pela linguagem de nossas mãos unidas.
Giselda Medeiros
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