ADAGA - HERMÍNIA LIMA
Ah! Essa adaga em
riste
a retalhar-me as
carnes.
E o estorvo de
erguê-la
pensando em tuas mãos
ensanguentadas.
Ah! O dissabor de
saber
o azul da tarde
tingido
pelo carmim do golpe
e pelo talhe no
sonho.
Ah! A alegria
insistente
que traz da mesma
adaga outra imagem,
a retalhar-me o grito
do espasmo cintilante
chovendo sobre
almofadas.
Ah! Esse poder fálico
revelado,
trazendo o riso e a
gratidão da alma...
E o prazer de vê-la,
pousada, em repouso,
após a glória do
bom-combate.
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