INDECIFRÁVEL
(para Rejane Costa Barros)
Será o meu amado um verde gesto,
inaudível palavra, não expressa,um vento brincalhão entre os palmares
ou indormida pétala de rosa?
indiferente às ânsias, às esperas
e ao mormaço da tarde a declinar?
Será o meu amado aflita gota
do espelho d’água que reflete o
céucom seu cortejo de anjos e de nuvens?
Não! O meu amado é alvo
pensamento
a correr sobre as dunas da
poesia,trazendo-me as areias do lirismo.
A criação artística é, certamente, o terreno mais profícuo para a imbricação entre natureza e linguagem, na medida em que, nela, se (des)vela de modo mais patente a experiência oculta do pensamento.
ResponderExcluirNão existem fórmulas ou teoremas capazes de decifrar aquilo que é indecifrável...
Portanto Giselda se remete a uma representação artística no seu lirismo encantador .
Querida Giselda,esse poema eu adoro e sinto grata por tão linda homenagem.
ResponderExcluirMuito obrigada!
Bjks