O BRINDE - GISELDA MEDEIROS
O sol esfrega os olhos
ainda úmidos de trevas
e desce para beber o vinho
na taça dos amores matinais
que sobreviveram ao espantoso combate
da noite em sua lascívia.
Amanhece...
Em agonia,
ergo a taça sonolenta do dia
e brindo ao vento,
esse dragão solitário,
que vem deitar em mim
suas promessas de cinza e pó.
Só.
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