Poema de beleza
e de cores
é a rosa,
que também é mulher,
muitas vezes mal amada,
mais cobiçada, menos querida,
mais forma que conteúdo.
Quem se importará
com a dor de ver-se arrancada
do seu verde ramo?
No entanto,
humilde e generosa,
de beleza maior se reveste:
quanto maior a violência
da mão hostil que contra ele investe,
em volúpias de prazer,
retribui em dobro,
perfumando a mão que a fez morrer.
(Transparências - Poemas e Trovas)
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