Em 26 de outubro de 2016, há, portanto, sete meses, foi o aniversário de 70 anos de Belchior. Então, eu fiz este singelo poema em sua homenagem.
IMPROVISO PARA BELCHIOR.
( No dia dos seus 70 anos de idade)
( No dia dos seus 70 anos de idade)
“Por onde andas, Belchior?”
O que deu na tua telha,
Ó fugidio cantor,
Nossa tresmalhada ovelha!
O que deu na tua telha,
Ó fugidio cantor,
Nossa tresmalhada ovelha!
Faz seis anos que partiste,
Que abandonaste a canção,
A deixar o Brasil triste,
Com teu mudo violão!
Que abandonaste a canção,
A deixar o Brasil triste,
Com teu mudo violão!
Fica no ar o suspense:
Por que Belchior foi embora
Da sua terra cearense,
E da Sobral, sua aurora?...
Por que Belchior foi embora
Da sua terra cearense,
E da Sobral, sua aurora?...
Que crise existencial
Te arrasta mundo afora?
O que há com teu astral
Que a tua vida descora?
Te arrasta mundo afora?
O que há com teu astral
Que a tua vida descora?
Por que abandonaste tudo:
Família, filhos, e a canção?
Por que estás calado e mudo
A vagar na contramão?
Família, filhos, e a canção?
Por que estás calado e mudo
A vagar na contramão?
Volta, velho Belchior,
O Ceará te espera
Para te ofertar o melhor
Ao calor da primavera!
O Ceará te espera
Para te ofertar o melhor
Ao calor da primavera!
És, agora, setentão.
E hoje é teu aniversário...
Mas em vazia canção
Face teu triste fadário.
E hoje é teu aniversário...
Mas em vazia canção
Face teu triste fadário.
És latino americano,
Bom rapaz do interior...
Por que este vagar insano,
Meu conterrâneo, Belchior?
Bom rapaz do interior...
Por que este vagar insano,
Meu conterrâneo, Belchior?
Volta com a tua canção,
Belas letras, em poesia,
Com o teu disco “Alucinação”
Para a nossa áurea alegria!
Belas letras, em poesia,
Com o teu disco “Alucinação”
Para a nossa áurea alegria!
Volta! És astro da canção!
Hás de brilhar em astral
Para o Brasil, para a nação,
E para a tua Sobral!
Hás de brilhar em astral
Para o Brasil, para a nação,
E para a tua Sobral!
“Por onde andas, Belchior?”
O que deu na tua telha,
Ó fugidio cantor,
Nossa tresmalhada ovelha!
O que deu na tua telha,
Ó fugidio cantor,
Nossa tresmalhada ovelha!
J. Udine – 26-10-2016.
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