domingo, 14 de fevereiro de 2010

GAIVOTA - Giselda Medeiros



Teu vulto
na noite
desenha sombras
e arabescos
de saudade.

Teu vulto
na noite
desperta o uivar
de um lobo faminto
de desejos.

Teu vulto
na noite
acende chamas
e borda reflexos
em meus espelhos.

Teu vulto
na noite
arde na pupila
do meu tempo
em cio constante
de mar
e de gaivota.

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