Deixem, por favor,
que eu ponha o azul
nas asas do meu sonho.
Por favor, quero o azul
do azul-de-mar de uns olhos que eu beijei.
Quero esse azul, desnudo, orvalhado.
Com esse azul
farei uma canção tão bela
que até Orfeu a tomará
e seguirá pelos campos de Prosérpina
tangendo-a em sua lira
para encantar Eurídice.
Giselda Medeiros
(Cantos Circunstanciais)
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