quarta-feira, 20 de janeiro de 2010






UM CÉU

Ah, como queria ter
no teu esplêndido corpo
um lugar só para mim
onde a música que ouvisse
fosse somente tua voz.
Onde, em tardes sonolentas,
sibilos de amor houvesse.
Onde a ternura varresse
esses estúpidos tédios.
Depois um incêndio sonoro
de beijos, abraços mil
carbonizasse nossa alma.
Nossas cinzas voariam
pela amplidão deste mundo,
pelos espaços ao léu.
E lá, entre astros luzentes,
da lua roubando o mel,
seríamos mais do que amantes,
seríamos mais do que amados...
... seríamos o próprio céu.

Giselda Medeiros

Um comentário:

  1. Cara Profa. Giselda,

    Felicitações por monumental estréia entre os blogueiros.
    A entrada com Alouette está magnífica. As poesias selecionadas, suas e de outros poetas da mesma envergadura, emolduradas por ilustrações criteriosamente escolhidas, conferem extrema leveza ao seu blog.
    Gostaria de convidá-la a fazer uma fugaz visita ao meu blog: www.blogdomarcelogurgel.blogspot.com
    Tomo a liberdade de sugerir a inclusão de um contador para verificar a quantidade de acessos.
    Atenciosamente,

    Marcelo Gurgel

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