quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

DOIS POEMAS DE VICENTE ALENCAR



ETERNO
Vicente Alencar

Passaram-se tantos dias,
passou-se tanto tempo.
A Lua continua linda, maravilhosa,
e sinto que teus cabelos mostram
a mesma mensagem de sempre
quando alcançados pelos raios de luar.

Passaram-se tantos dias,
mas o encanto continua o mesmo.
Não acabou, não mudou,
mas ficou desfigurado.
Apenas se foram alguns anos
o que faz pouca diferença.

O Amor é intocável,
Nasce no intimo do coração.
Estes bens são imortais.
Existem de verdade.
Muitas vezes se escondem,
ficam na espreita de um novo momento,
de um novo dia, de um novo luar,
mas permanecem vivos.

Encantados, não se amedrontam,
não se fazem anunciar.
Apenas esperam
por um novo momento.
Um instante que pode parecer eterno
como sempre acontece com um grande amor.



APENAS, TUAS MÃOS
Vicente Alencar

Tuas mãos
que se elevam para o alto
contritas, em oração, 
também afagam,
acariciam,
amam,
como todo o teu corpo.

Tuas mãos
que apertam as minhas
no momento sublime do amor,
são belas,
são ternas,
são suaves,
e me envolvem
em ardente alegria.

Tuas mãos
que acariciam.
traduzem em gestos,
movidos pelo amor,
a linguagem nascida
no coração.