sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

UM POEMA DE MARIA ODILA MENEZES




PASSAPORTE DO TEMPO

Com o passaporte da vida
Permito-me viajar
Envelheço, ponteiro anda
Acusando chegadas e partidas
Portos desconhecidos
Momentos passageiros
Tripulação não para
Sigo com humildade
A memória reverencia
Meu mundo antigo
Absoluto, permanente
Até que no convés
Espero a hora da partida.

(do livro Iluminuras)