terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

MORRER DE AMOR - Giselda Medeiros


Deixa, amor, que eu repouse nos teus braços,
E durma um instante apenas neste abraço.
Deixa que eu me sinta um pouco criança,
Para sonhar meus sonhos de esperança.

Deixa, amor, aquecer-me ao teu regaço,
Tirar o enfado do meu corpo lasso.
Deixa, num instante só, as minhas ânsias
Dormirem soltas, sem desesperanças.

Deixa, amor, pois, no corpo, eu sinto o frio
Da solidão agasalhar minha alma,
E tremo e choro e, em vão, me suplicio.

E quanto mais eu tremo, maior a calma
Que encontrarei em ti, no teu regaço!
Deixa, amor, que eu morra, enfim, no teu abraço!