terça-feira, 1 de janeiro de 2013

POEMA DE ANO NOVO - VINICIUS DE MORAES


É preciso que nos encontremos diante do amor como as árvores fêmeas cuja raiz é a mesma e se perde na terra profana
... É preciso... a tristeza está no fundo de todos os sentimentos como a lágrima no fundo de todos os olhos
Sejamos graves e prodigiosos, ó minha amada, e sejamos também irmãos e amigos.
É preciso que levemos diante de nós o retrato das nossas almas como se fôssemos a um tempo a Verônica e o Crucificado
Eu sou o eterno homem e hoje que a dor fecunda o tempo eu sinto mais que nunca a vontade de fechar os braços sobre a minha miséria.
Fiquemos como duas crianças pensativas sentadas numa escada - todos serão os peregrinos e apenas nós os contemplados.

3 comentários:

  1. Olá tudo bem, não consegui entender, "de verdade" o que o Poetinha quis dizer com este poema, não consegui interpretá-lo, voce poderia me enviar uma explicação ou o que entendeu? Obrigada.

    Rosália

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    1. Oi, Rosália. O nosso poetinha quis apenas lembrar-nos que o mundo é e será do mesmo jeito.Nada é novo. Nós é que temos, com nossas atitudes, de fazê-lo bonito ou feio, alegre ou triste, bom ou mau. E que se nós ficarmos parados, deixaremos de ser peregrinos, ou seja, não poderemos contemplar as belezas que poderão abrir-se aos nossos olhos, ou mesmo a miséria que é inerente à condição humana. Os outros passarão, enquanto aqueles servirão apenas para ser contemplados, em sua verdadeira fraqueza humana.
      Esta é a minha interpretação.
      Um beijo
      Giselda Medeiros

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    2. Neste dia, com certeza, ela havia encontrado o "cachorro engarrafado", segundo ele o melhor amigo do homem; o Whisky. Se vc tb não entendeu, então deixa pra lá...

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