sexta-feira, 31 de agosto de 2012

UM POEMA DE GISELDA MEDEIROS NA NOITE DA LUA AZUL

INDECIFRÁVEL
(para Rejane Costa Barros)
Será o meu amado um verde gesto,
inaudível palavra, não expressa,
um vento brincalhão entre os palmares
ou indormida pétala de rosa?

 Será o meu amado astuto barco
nas procelas  da vida a navegar
indiferente às ânsias, às esperas
e ao mormaço da tarde a declinar?

Será o meu amado aflita gota
do espelho d’água que reflete o céu
com seu cortejo de anjos e de nuvens?

Não! O meu amado é alvo pensamento
a correr sobre as dunas da poesia,
trazendo-me as areias do lirismo.