segunda-feira, 4 de junho de 2012

MOTIVOS - VI
GISELDA MEDEIROS


Sobre o texto da vida... quem saberá entendê-lo? Em quais metáforas decifraremos nossas dúvidas ruminantes, se nós mesmos somos metáforas indecifráveis, geratrizes de vontades órfãs? Imensos de espanto são o rio em que navegamos e o tempo que nos rouba a eternidade. Porém, navegar é preciso... diz o poeta lusitano, mesmo sabendo que, cedo ou tarde, nossas dúvidas nos consumirão e que seremos pó da vida, pó de nossas ilusões.
Da letra do que fomos talvez nem reste o símbolo inscrito sobre a pedra.