sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O CORTEJO DO AMOR - GISELDA MEDEIROS


Em passos céleres,
o amor passa por mim
com seu cortejo
de espantos.
Valsas pálidas
choram o Chopin
adormecido
em minhas pupilas
queimadas.

Passa por mim
com seu cortejo
de ausências.
Lento me acena
e passa
sem saber
que, em minhas margens,
deixou tatuada
a forma amorfa
do seu nome
feito punhal
a me cortar
o vazio da máscara.

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